Curiosidades
Design das cartas de baralho: tudo o que você não sabia
Falamos o tempo todo sobre nossas amadas cartas de baralho, mas tem um detalhe que ainda não exploramos: o design delas! #OMG 😱
Afinal, como, quando e onde surgiram esses desenhos tão famosos, mais idosos que o Pernalonga, que fazem parte da vida diária de zilhões de pessoas há tanto tempo?
Essa resposta demorou para chegar e para nos redimir, caros mega leitores, dessa vez nossa pesquisa foi além, muito além. Ela deixou o mundo virtual e a “barra da saia” do oráculo Google e foi até… as páginas de um livro impresso! Sim, um verdadeiro feito histórico — quase uma missão digna de Mad Max em um mundo pós-apocalíptico. 😆 #chocados
Então, sem mais delonga, vamos ao post que merece toda a nossa atenção!
Uma breve contextualização
A origem das cartas de baralho, segundo as pesquisas mais aceitas, remonta à China do século IX, só havendo chego na Europa no século XIV. Aliás, você já leu essas 8 curiosidades incríveis sobre o baralho?
Naquela época, havia dois principais padrões de design na Europa: o parisiense (popular na França) e rouennais (popular na Inglaterra), tendo este último uma grande influência nas cartas que a maioria de nós conhece atualmente.
É importante ter em mente que os baralhos podem variar de acordo com o sistema de naipe adotado, o padrão ou estilo da ilustração (especialmente as figuras, ases e curingas), a presença e configuração do índice e o desenho do dorso.
Os quatro naipes que conhecemos, copas, ouros, paus e espadas, foram criados pelos franceses.
O baralho ítalo-espanhol, que também se tornou bastante conhecido no Brasil, apresenta taças, moedas, paus e espadas.
As figuras também são diferentes. Nos baralhos latinos elas representam valetes, cavaleiros e reis. Nos baralhos franceses são usados valetes, damas (ou rainhas) e reis.
Em comparação com os desenhos cheios de detalhes do baralho latino, usado na Espanha, Itália e Portugal, as ilustrações francesas eram muito mais fáceis e baratas de reproduzir, porque podiam ser criadas por carimbos simples, em vez do método tradicional de xilogravura.
Aqui já se nota um bom design em ação. Os designers criaram os gráficos para facilitar e baratear a replicação.
Design pra que te quero
Você já pensou realmente em como as cartas de baralho são bem projetadas? Elas são um exemplo brilhante do casamento entre estética e usabilidade, a meta de ouro do design.
Vamos a um desafio: tente limpar sua mente de tudo o que sabe sobre as cartas e tente vê-las como se fosse a primeira vez.
Simetria
O primeiro chute no gol. Para o nosso cérebro, quanto mais simétrico, mais atraente, e as cartas de baralho são um exemplo marcante de simetria.
Mas, além da aparência, a simetria em um baralho tem um propósito funcional: você não pode segurar uma carta de cabeça para baixo.
Pode parecer um detalhe sem importância, porém, o jogo se torna infinitamente mais suave e agradável quando os jogadores conseguem levantar e segurar as cartas com facilidade, independentemente da orientação.
Isso parece algo óbvio e simples de aplicar às cartas numeradas, mas nunca subestime um bom designer! A simetria persiste (embora invertida) até mesmo nas cartas com figuras.
Além disso, vale destacar um detalhe histórico: os artistas originalmente desenhavam as cartas da corte como ilustrações completas dos personagens. Somente em meados do século XIX, adicionaram a simetria como uma melhoria no design.
Usabilidade
O amor pelo baralho é realmente contagioso e prova disso é que até os artistas que criaram o design das cartas, se dedicaram a ir muito além da simetria, considerando como maximizar sua funcionalidade.
Observe como as cartas numeradas exibem seus naipes, não com uma única ilustração, mas repetindo o ícone para corresponder ao valor da carta.
Originalmente, isso permitia a exclusão da tipografia, hoje em dia serve mais como um indicador visual de bônus.
Embora os fabricantes tenham adicionado números e letras como índices de canto — recurso que chegou aos decks americanos em 1875 —, essa melhoria visual permitiu que os jogadores mantivessem as cartas mais próximas em uma única mão, proporcionando um grande avanço em usabilidade.
A realeza do baralho (literalmente)
À medida que o design das cartas de baralho evoluía, as figuras reais originalmente genéricas assumiram personalidades específicas.
Figuras reais históricas populares foram escolhidas e atribuídas a cada carta da corte.
A imagem acima mostra os reis, Davi, Carlos, Júlio César e Alexandre, o Grande. Da mesma forma, as rainhas de paus, espadas, copas e ouros são, respectivamente, Pallas, Judith, Rachel e Argine, representadas na figura abaixo.
Na mesma ordem de naipes, os Valetes/Cavaleiros são Ogier the Dane, Étienne de Vignolles, Hector e Judas Maccabeus (ou Lancelot).
Os fabricantes ocasionalmente imprimiam nomes nos cartões antigos, mas hoje ninguém realmente considera, padroniza ou utiliza essas personalidades de qualquer forma.
Fatos misteriosos e divertidos
Os desenhos das cartas da corte também contêm alguns segredos. Por exemplo, o rei de copas é o único rei sem bigode e, curiosamente, parece estar se matando!
Alguns especulam que este último tenha a ver com a incerteza em torno da morte de Carlos Magno. Note também como o rei de ouros é o único rei com um machado em vez de uma espada.
Deixando teorias da conspiração de lado, também é considerado bem provável que após numerosas cópias, a integridade da obra original diminuiu bastante. Como resultado, o bigode do rei de copas desapareceu, assim como a outra metade do machado, que tradicionalmente ficava pendurada no ombro.
Membros da realeza caolhos
Outro fato interessante: o valete de espadas, valete de copas e o rei de ouros são retratados como perfis, o que significa que você só vê um lado do rosto deles.
Isso deu origem aos termos “Jacks de um olho só” e “Royals de um olho só”.
Também é interessante notar que apenas quatro cartas da corte, todas pretas, estão olhando para a direita. As outras oito cartas olham para a esquerda.
Arte em todos os lados
O design do dorso das cartas é a parte mais variável. Embora os fabricantes geralmente ilustrem com arabescos ou padrões abstratos, eles têm liberdade para escolher qualquer tema e desenhar o que quiserem.
A única regra é que todos os dorsos devem ser idênticos, para não permitir que os jogadores saibam qual o valor da carta em questão.
No século XX virou hábito colocar uma moldura branca ao redor do desenho, para evitar que qualquer variação no corte da carta deixasse fácil identificá-la entre as demais.
Os fabricantes costumam adotar um desenho diferente no dorso para cada modelo de baralho, que também podem variar em tamanho, qualidade de impressão e acabamento.
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Aline
23/10/2019 at 02:38
show .. amei a matéria
Videoworld
06/11/2019 at 16:59
Amei este desing das cartas de baralho!! Amei…