A incrível história dos naipes de baralho

Vocês sabem que aqui no MegaJogos nós adoramos tudo relacionado a jogar cartas, e essa paixão inclui desde os diferentes jogos, até o próprio baralho e seus naipes. 

Você já parou para pensar em como surgiram esses naipes? Quem inventou e de onde veio a inspiração para cada desenho? 

Se você também ficou curioso, continue lendo para saber tudo sobre a origem e a história dos naipes do baralho.

Origem das cartas do baralho

Naipe é o nome dado às “famílias das cartas”, utilizados para diferenciar os conjuntos de valores de 2 a 10, Ás, Valete, Dama e Rei. 

Nos últimos 1.000 anos, as cartas de baralho passaram por uma evolução significativa, pois vários países as adaptaram para apresentar cores, desenhos e símbolos que melhor refletem suas próprias culturas.

Sua origem exata é contestada pelos historiadores até hoje. Alguns relatos sugerem que elas podem ter surgido no século IX na China, na era da Dinastia Tang. No entanto, durante esse período, acreditava-se que elas eram usadas ​​apenas como peças ornamentadas para outros jogos, como Mahjong ou Xadrez.

Foi só no século 14 que surgiu o primeiro registro de cartas de baralho sendo usadas da maneira que estamos acostumados hoje. Como? Com a ajuda de Deus! #LOL

Aconteceu que, enquanto morava em um mosteiro suíço, um monge alemão chamado Johannes escreveu sobre a crescente popularidade das cartas de baralho e a variedade de jogos em que estavam sendo usadas.

Obrigado Senhor, mas, e os naipes? Como eles surgiram? Vamos a isso.

Origem e evolução dos naipes de baralho 

Potencialmente inspirados nas cartas de tarô, os fabricantes de cartas europeus começaram a usar espadas, paus, copas e moedas como símbolos de naipes em suas cartas de baralho no século XIV. 

Conhecidas como “Latin Suits”, essas imagens ainda podem ser encontradas em cartas de baralho italianas e espanholas. 

Naipes Germânicos e Franceses

Por volta da virada do século XV, os alemães começaram a criar seus próprios naipes: Corações, Sinos, Bolotas e Folhas. Acreditava-se que essas imagens eram mais representativas da vida alemã.

Nessa época, os franceses também começaram a querer fazer parte da festa, tornando-se os primeiros fabricantes de cartas a dividir um baralho em duas cores: vermelho e preto. 

Este esquema de cores simplificado permitiu melhorar drasticamente a velocidade de produção.

Os franceses também modificaram os naipes alemães para criar a primeira representação do que acabaria se tornando os naipes que encontramos no baralho francês padrão de hoje.

Enquanto mantiveram os símbolos germânicos do “coração”, os sinos foram substituídos por “carreaux” ou “diamantes”. As bolotas também se tornaram “trèfles” (ou trevos ou clavas) e as folhas foram transformadas em “piques” (ou pás).

Naipes ingleses

No início, os ingleses importavam baralhos dos fabricantes franceses, até que a importação de cartas de baralho estrangeiras foi proibida em 1600.

Com isso, os ingleses começaram a produzir suas próprias cartas. Porém, foi só no final do século 19 que os desenhos dos naipes franceses foram remodelados por Charles Goodall and Sons, e transformados nos símbolos gráficos ou “pips”, comumente encontrados em cartas de baralho hoje em dia.

O “dedinho” dos Estados Unidos

Pode ser uma loucura pensar, mas o naipe e o valor nem sempre foram impressos no canto de uma carta de baralho. 

O conceito de índices de canto não foi realmente introduzido até o final do século 19, quando a fabricante de cartas americana The New York Consolidated Company criou suas cartas de baralho “Squeezers”. 

Este design revolucionário permitiu que os jogadores espiassem rapidamente suas cartas sem medo de expor sua mão.

No entanto, embora os índices de canto tenham sido um desenvolvimento significativo, os Estados Unidos são provavelmente mais conhecidos pelo impacto que tiveram na padronização do design de cartas de baralho e na simplificação do processo de fabricação. 

Mais notavelmente, a United States Playing Card Company, que evoluiu para um dos maiores fabricantes de cartas de baralho do mundo nos últimos 130 anos. 

Sua assinatura Bicycle Playing Cards estabeleceu o padrão para o que a maioria das pessoas imagina quando pensa em um baralho de cartas.

Mas o que representam os 4 naipes em um baralho?

Então, sabemos que existem 52 cartas, 4 naipes e 2 cores em um baralho de cartas padrão. Mas o que isso tudo significa? A resposta a isso tem sido fortemente debatida.

Alguns historiadores sugerem que esses desenhos foram feitos para representar as 4 classes da sociedade medieval. Por exemplo, no baralho espanhol, os naipes representavam:

• Bastos ou Bastões – operários e camponeses
• Ouros – comerciantes
• Espadas – militares
• Copas – clero

No entanto, essa afirmação não é absoluta.

Acredita-se que “moedas” (que eventualmente se tornaram “diamantes”) representavam “comerciantes” nos baralhos latinos. No entanto, isso não seria verdade para os baralhos franceses, porque os “diamantes” estavam muito mais associados à classe alta e aos aristocratas ricos da França.

Outros acreditam que os 4 naipes podem representar os quatro elementos naturais, sendo Água (Corações), Fogo (Paus), Terra (Diamantes) e Ar (Espadas), ou mesmo as quatro estações. Alguns deram um passo adiante, mostrando correlações surpreendentes entre as cartas de um baralho e um ano civil.

Imagem elementos e estações

No final das contas, é mais provável que não tenha havido muita reflexão e planejamento sobre o simbolismo por trás desses designs de naipes de baralho. 

Eles provavelmente foram encomendados por famílias ricas e, portanto, refletem os gostos e interesses de uma pessoa nobre da época.

História dos naipes das Cartas da Corte

Com isso dito, vale a pena falar um pouco mais sobre as cartas da corte, que são fascinantes por si só.

As imagens que conhecemos hoje foram desenvolvidas pela primeira vez por fabricantes de cartas francesas. 

Cada uma foi modelada com base em figuras históricas famosas. Por exemplo, os reis são todos governantes notáveis ​​da história: Júlio César, Rei Davi, Carlos Magno e Alexandre, o Grande.

As Damas nem sempre fizeram parte dessas cartas. Os baralhos espanhóis anteriores tinham Cavaleiros no lugar de Damas, enquanto os baralhos alemães tinham um Obermann (ou homem superior) e um Untermann (homem inferior). Este último acabaria se tornando o Jack (coringa) moderno. 

As rainhas foram eventualmente reintroduzidas no baralho pelos franceses e britânicos. 

Gostou de saber um pouco mais sobre a história dos naipes por trás dos nossos jogos favoritos do MegaJogos? 

Agora, é só aproveitar a inspiração, escolher seu jogo de cartas favorito e dar play!

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