Conecte-se conosco

Curiosidades

Mulheres importantes no mundo dos jogos

Gabi Rigo

Publicado

em

Dia da mulher no mundo dos jogos

Hoje é o Dia Internacional da Mulher, e, para celebrar, o MegaJogos decidiu prestar uma homenagem especial. Afinal, muitas mulheres fizeram história no mundo dos jogos de cartas e tabuleiro. 🎉✨

Por muito tempo, esse universo foi predominantemente masculino. No entanto, diversas personalidades femininas se destacaram e abriram caminhos. Assim sendo, a elas — e a todas que continuam esse legado — fica nosso reconhecimento e um grande #hiphiphurra! 🎉💜

Porque se comemora o Dia Internacional da Mulher

O Dia Internacional da Mulher é celebrado em 8 de março de cada ano. 

A data, oficializada pela Organização das Nações Unidas na década de 1970,  inicialmente, remetia à reivindicação por igualdade salarial, mas, atualmente, simboliza a luta das mulheres não apenas contra a desigualdade salarial, mas também contra o machismo e a violência.

Sua origem remonta ao início do século XX, quando as mulheres começaram a se organizar em busca de melhores condições de trabalho e de igualdade de direitos

Através de diversas manifestações, greves, comitês e mobilizações políticas, foi instituído por fim o Dia Internacional da Mulher como um momento de reflexão e de luta.

Mulheres importantes na história dos jogos de cartas

Com uma história de séculos de repressão, não é de se estranhar que a presença feminina foi por muito tempo proibida em bares e casas de jogo.

No entanto, isso não impediu que as almas mais corajosas ocupassem seu lugar e se destacassem também no mundo dos jogos de cartas. 

Um dos primeiros registros que se tem dessa “rebeldia”, foi a criação do grupo “Faro Ladies” por aristocratas inglesas no século 18, quando o ato de jogar em público não era aceitável para as mulheres.

Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Faro_Ladies

Esse grupo organizava reuniões femininas para jogar faro, um jogo de cartas popular na época.

Essa pequena iniciativa acabou abrindo caminho para que grandes nomes começassem a surgir e as mulheres finalmente passaram a ser respeitadas no âmbito dos jogos.

Dá só uma olhada nessa lista poderosa:

Eleanor Dumont:

  • Conhecida como “Madame Moustache”, Dumont era uma jogadora profissional de cartas no Oeste americano do século XIX. Ela ficou famosa por suas habilidades no Blackjack e por vir a administrar seu próprio cassino em Nevada.

Alice Ivers:

  • Também conhecida como “Poker Alice”, Ivers era uma jogadora profissional de poker no final do século XIX e início do século XX. Ela ficou famosa por sua “poker face”, faturando US$ 6 mil em uma única noite. 

Claudine Williams:

  • Já na década de 60, Claudine foi a primeira mulher indicada para o Gaming Hall of Fame. Ela teve a chance de dirigir seu próprio clube de jogos antes mesmo de completar 21 anos, abrindo muitos caminhos para todas as jogadoras que ainda viriam. 
Fonte: https://www.reviewjournal.com/news/news-columns/jane-ann-morrison/documentary-salutes-women-who-blazed-trails-in-nevada/attachment/casino-owner-claudine-williams-courtesy-vegas-pbs/

Finalmente, na década de 1970, aconteceu o 1º World Series Of Poker para mulheres

O evento chamou a atenção do público e abriu portas para novos talentos, como Vanessa Selbst, conhecida por acumular US$ 12 milhões em torneios ao vivo ou, ainda, Annette Obrestad, que ganhou um bracelete no WSOP, em 2007. 

Outro grande nome que merece destaque é o de Jennifer Harman, hoje considerada a jogadora mais rica do mundo no que diz respeito aos jogos de poker, sendo a única mulher a integrar um TOP 10 ao lado de nove homens. 

Fonte: http://www.espn.com.br/noticia/555234_conheca-5-mulheres-que-fazem-a-diferenca-no-poker-mundial

Também não podemos deixar de mencionar Day Kotoviezy, considerada uma das principais revelações do Brasil no poker, em evidência em toda a América Latina. 

Fonte: https://vrnews.com.br/day-kotoviezy-a-curitibana-que-e-sucesso-no-poker/

Além dela, temos Gabriela Belisario, a primeira mulher a se tornar campeã do maior circuito de poker do hemisfério Sul, o BSOP Belo Horizonte, em 2008.

Fonte: https://mundopoker.com.br/noticias/blog-do-montanha-de-cartas/ela-quer-um-pais-com-mais-educacao-e-preza-pela-igualdade-ate-no-poker-essa-e-gabi-belisario-a-primeira-campea-do-bsop/

Mulheres importantes na história dos jogos de tabuleiro

Nos jogos de tabuleiro as mulheres também fizeram história, com destaque para:

Elizabeth Magie:

  • Magie foi uma escritora e ativista política americana que criou o jogo de tabuleiro “The Landlord’s Game” em 1903. Esse jogo mais tarde se tornou a base do jogo Monopoly (Banco Imobiliário).
Fonte: https://www.womenshistory.org/articles/monopolys-lost-female-inventor

Carol Shaw:

  • Shaw foi uma desenvolvedora de jogos de computador pioneira, que criou vários jogos de sucesso na década de 1980, incluindo “River Raid” e “Video Checkers”.
Fonte: https://projetolua.ifce.edu.br/revista/carol-shaw-a-primeira-mulher-desenvolvedora-de-jogos-eletronicos/

Catherine Ullman:

  • Ullman é uma das criadoras do jogo de cartas “Magic: The Gathering”, que se tornou um dos jogos de tabuleiro mais populares do mundo.

Muitas mais…

Essas são apenas algumas das mulheres famosas na história dos jogos de tabuleiro. Há muitas outras que fizeram e ainda fazem contribuições significativas para o mundo dos jogos.

Em julho de 2020, por exemplo, no meio da pandemia de Covid-19, a cientista social Bárbara Côrtes resolveu fundar a Liga Brasileira das Mulheres Tabuleiristas, que esteve em atividade até dezembro de 2022. 

Fonte: https://mulherestabuleiristas.com/conheca-as-organizadoras/

Apesar do encerramento da liga, que chegou a ter uma revista com 24 edições, os projetos e iniciativas individuais e coletivas continuam.

Bárbara aponta que “As mulheres já começaram a ocupar mais espaço como consumidoras, mas ainda há uma grande demanda para que elas pensem e desenvolvam mais jogos. Acredito que, desde 2020, esse mercado já esteja se tornando mais feminino. Hoje, a designer de games mais famosa do mundo, por exemplo, é a estadunidense Elizabeth Hargrave”.

“Precisamos investir em educação para que as pessoas compreendam os jogos como uma linguagem cultural – e não apenas como produto de consumo –, que deve participar da vida das pessoas e estar presente no cotidiano. Quando alguém se permite conhecer esse universo, seja de qualquer idade ou gênero, essa pessoa se encanta”, complementa.

Marina Takejame, criadora e sócia do Universo Uia, empresa de jogos modernos de mesa dedicada a oferecer experiências mais diversas e inclusivas, destaca que, atualmente, muitas mulheres estão jogando e, além disso, se organizando para desenvolver novos jogos com foco em inclusão e educação. Dessa maneira, a presença feminina no universo dos jogos não apenas cresce, mas também influencia diretamente a criação de experiências mais equitativas e representativas.

Fonte: https://br.linkedin.com/in/marinatakejame

“Há uma mulherada com ideias fantásticas, preocupações feministas, antirracistas e de diversidade. Todas sobrecarregadas, mas tentando mudar o mundo ao mesmo tempo”.

Mulheres nos Jogos

Para variar, a mulherada não desaponta, e temos orgulho de ter inúmeras jogadoras aqui no Mega.

Sem dúvidas os jogos online vieram para democratizar ainda mais o mundo dos jogos, criando um ambiente em que todos jogam de igual para igual.

Para todas que nos leem, um feliz Dia das Mulheres e o desejo de um mundo cada vez mais justo, seguro e respeitoso. 

E se estiverem procurando um lugar para jogar seus jogos favoritos, fica o convite para se unirem a nós aqui no MegaJogos. 🙂

Continuar lendo
1 Comentário

1 Comentário

  1. Bárbara Côrtes

    14/05/2023 at 20:02

    Uma alegria me encontrar numa postagem como essa! Obrigada!
    A História do mundo dos jogos modernos tem um futuro protagonizado por mulheres que vêm, desde já, promovendo as maiores inovações para difundir a compreensão dos jogos não apenas como coisa, mas como linguagem, e parte elementar da Cultura. É uma honra poder partilhar desse trabalho coletivo, junto a cada vez mais mulheres tabuleiristas espalhadas pelo mundo todo.
    Foi um grande orgulho estar à frente da Liga Brasileira de Mulheres Tabuleiristas junto às demais membras, enquanto durou o coletivo, e é um prazer ver tantas das iniciativas que surgiram ali prosseguindo. Pessoalmente, aproveito para compartilhar que sigo atuando no mundo dos jogos, elaborando e executando projetos culturais por meio da Labareda (@movimentolabareda), produtora que criei com esse fim.
    Espero que nos encontremos por aí e sigamos partilhadno boas reflexões e experiências no mundão tabuleirista.
    Um abraço!

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Curiosidades

Dia dos Pais: Jogos que passam de pai pra filho

Gabi Rigo

Publicado

em

Na lista de memórias boas que temos com o nosso pai, geralmente está “aquele dia em que ele me ensinou a jogar tal jogo”, ou “aqueles dias em que a gente jogou juntos”. São esses momentos de companhia e conexão que ficam guardados na lembrança e valem a pena ser celebrados nesse Dia dos Pais.

Se você já é “grandinho”, talvez sinta saudades desses momentos com o paizão ou talvez agora seja a sua vez de ensinar seus filhos. De qualquer forma, este post é pra você! 😉

Jogos para comemorar o Dia dos Pais

Brincar é uma das linguagens mais universais do mundo. Por isso, desde sempre, pais e filhos têm se conectado por meio de jogos e brincadeiras.

Seja para passar um conhecimento adiante, ou simplesmente passar o tempo, é comum pais ensinarem aos seus filhos seus jogos favoritos, continuando uma tradição que se estende por gerações.

Com o Dia dos Pais se aproximando, nada mais justo do que lembrar alguns dos jogos que são famosos por fazer parte da relação de pais e filhos.

Aproveite a viagem, se inspire e aproveite para chamar o paizão para uma partida.

* Saiba porque os jogos são uma boa ideia para a criançada

1. Esconde-Esconde

Esse é um clássico, porque não tem pai que perca a oportunidade de se esconder atrás da porta e dar um susto na criança desavisada. 😅

As mães piram, os pais adoram e as crianças, após o susto, também. Brincar de esconder é garantia de adrenalina, suor e boas risadas. Geralmente um dos primeiros jogos que os pais ensinam aos filhos.

2. Pega-Pega

Pensar no que o pai ensina primeiro, esconde-esconde ou pega-pega, é a mesma coisa que pensar sobre o que veio primeiro, o ovo ou a galinha?

Mais uma chance dos marmanjos se divertirem à custa de crianças meio assustadas, meio emocionadas. Ótimo para gastar energia e entreter a molecada.

3. Bolinha de gude

Bolinha de gude ou quilica, como é mais conhecido na região sul do país, o seu pai provavelmente teve esse como um dos principais passatempos da infância dele e, por isso, é um dos primeiros jogos que ele orgulhosa e saudosamente te apresenta.

As bolinhas de vidro coloridas são entregues num saquinho como um tesouro precioso. E não tem criança que não encha os olhos vendo elas rolarem pelo chão, enquanto o pai ensina como se brinca.

* Jogos da infância que nunca ficam velhos

4. Jogo da Velha

O jogo da velha marca a introdução dos jogos que não sejam puramente físicos. Ele é desenhado na areia, na calçada com giz, ou no canto da agenda do pai. 

Ele abre a porta para os jogos de raciocínio e estratégia. Simples e fácil de aprender, se você puxar pela memória, vai lembrar que jogou muito, mas dificilmente vai conseguir dizer com quantos anos começou.

4. Jogos de tabuleiro 

Quando chega a hora de dar uma acalmada e as crianças já são um pouquinho maiores e espertas, é hora dos jogos de tabuleiro.

Difícil dizer se é presente de dia das crianças ou dia dos pais quando todo mundo senta para uma partida de ludo, trilha, ou banco imobiliário. Aquelas caixas em que vinham diversos jogos de tabuleiro eram tudo!

* Os 5 melhores jogos de tabuleiro de todos os tempos

5. Mico

Se o seu pai não te irritou jogando Mico, você não teve infância raiz. Aliás, no Dia dos Pais, dê um baralho de mico e deixe ele te irritar mais uma vez durante uma partida, como presente. 😂

Um dos primeiros jogos de cartas que as crianças costumam ganhar, Mico rende gargalhadas, orelhas vermelhas e provavelmente um choro ou outro.7

6. Uno

O próximo clássico da lista de jogos de cartas passado de geração para geração só podia ser o Uno (Mau-Mau). Difícil alguém que não lembre das cartas coloridas como parte da sua infância.

Esse o pai traz como entretenimento pra família toda e pode render horas de jogatina e diversão. Outro jogo famoso por fazer rir e passar raiva, tudo ao mesmo tempo.

* 9 jogos para divertir a família toda 

7. Truco 

As crianças cresceram e precisam de desafios maiores e mais emocionantes, hora de apresentar o baralho de truco.

Não tem “xóvem” que resista a oportunidade de berrar, bater na mesa e ainda fazer o amigo passar por baixo da mesa se perder de zero. Divertido, inteligente e sacana na medida certa, o truco é outro jogo que os pais não veem a hora de poder ensinar.

* Confira um guia definitivo sobre o TRUCO!

Chame seu pai para uma partida no Dia dos Pais

Em um mundo cada vez mais acelerado, ter momentos de verdadeira presença e conexão com esses bons velhinhos que nos ensinaram de tudo, é cada vez mais difícil.

Aproveite o Dia dos Pais para deixar qualquer pressa de lado e resgatar seus jogos favoritos, relembrando e criando novas memórias que, com certeza, serão inestimáveis.

Se você mora longe e não vai conseguir estar de corpo presente, mostre que mesmo assim está pensando nele, e convide para uma partida no MegaJogos.

O importante é fazer o paizão se sentir lembrado, amado e celebrado. Mostre que você não esqueceu nada do que ele te ensinou. ❤️

Continuar lendo

Curiosidades

Cacheta: A História do Jogo que Conquistou o Brasil

Gabi Rigo

Publicado

em

Cacheta-A-História-do-Jogo-que-Conquistou-o-Brasil

Muitas vezes confundida com o pife, a cacheta é, na verdade, uma paixão nacional com suas próprias regras.

Preferida da mesa de bar, de festinha de família e companheira de happy hour, esse jogo de cartas que casa muito bem com a alegria do brasileiro é a estrela do post de hoje.

Origem da Cacheta

Jogo muito popular no Brasil, a cacheta está ligada a uma família de jogos conhecida como Rummy, que inclui jogos como a nossa amada canastra, buraco, gin rummy e o conquian (considerado o ancestral mais antigo).

O conquian, para quem ainda não conferiu esse excelentíssimo jogo aqui no Mega, surgiu no México no século XIX. Dele, derivaram jogos como o gin rummy, que explodiu nos Estados Unidos nos anos 1930. 

Com o tempo, a imigração acabou trazendo esses jogos ao Brasil, então diversas adaptações foram sendo feitas até dar origem a nossa querida cacheta.

No Brasil, o jogo ganhou regras específicas e um caráter muito mais informal e popular, sendo jogado por pessoas de todas as idades e classes sociais.

A história da cacheta é uma história de adaptação e convivência. Pois, ela veio de longe, misturou-se com o jeito brasileiro de viver, e virou parte do nosso cotidiano. 

Está no bar, na casa da vó, na varanda do sítio, no celular — sempre pronta para uma nova partida.

* Tudo sobre o Conquian!

De onde surgiu o nome “cacheta”?

Não há nenhuma documentação sobre o assunto, mas a teoria mais aceita é que “cacheta” venha de uma adaptação popular da palavra “cachê”, que pode se referir a um pagamento ou prêmio. 

Como o jogo frequentemente envolve apostas informais em dinheiro, fichas ou prendas, então, é possível que a palavra tenha evoluído de “jogar pelo cachê” para “jogar cacheta”.

Além disso, se pensarmos que a cacheta é um jogo do povão, essa transformação linguística pode muito bem ter ocorrido, especialmente em ambientes populares, onde palavras são adaptadas pela sonoridade ou uso repetido.

* Descubra a origem dos nomes de jogos de cartas famosos

Cacheta x Pife: qual a diferença?

Apesar de muito parecidos, há sim diferenças entre cacheta e pife.

Os dois jogos usam 2 baralhos (francês) de 52 cartas e, assim, funcionam de maneira bastante similar. As principais diferenças são:

Curingas

  • Pife: não tem
  • Cacheta: o coringa será determinado pela primeira carta do monte de compra. Essa carta deve ser virada e o coringa será a carta acima desta, obedecendo a mesma cor. Exemplo: virado o 8 de Paus, todos os 9 pretos serão coringas.

Pontuação

Pife: cada mão é um jogo, ou seja, perdeu uma mão, acabou. 

Cacheta: cada jogador começa com 5 pontos. Quando alguém consegue baixar todas as cartas, os outros jogadores perdem um ponto, ficando assim com 4 (existe a possibilidade da batida valer 2 pontos, fique atento às regras). O jogador que chegar a 0 é eliminado do jogo e o vencedor será o último a permanecer na mesa.

Outras variações regionais que podem acontecer incluem:

  • Obrigação de bater com trincas diferentes (ex: uma trinca e duas sequências);
  • Permissão (ou não) de comprar do monte de descarte;
  • Regras para “bater de mão” (sem descartar a última carta);
  • Penalidades para quem “estoura” (passa do número de cartas permitido).

Essa flexibilidade é uma das grandes graça da cacheta, pois faz dela um jogo capaz de se manter dinâmico e vivo.

Social e acessível, a cacheta está presente em canções, crônicas e até em roteiros de filmes e novelas. 

Ela representa bem a brasilidade no improviso e na criatividade. Uma vez que é comum vermos jogadores criando “regras da casa”, como rodadas premiadas, penalidades engraçadas ou torneios improvisados.

* Jogos Tradicionais Brasileiros: Cultura, Diversão e Memória

Cacheta Online: A Nova Geração

Com a chegada da internet, a cacheta ganhou uma nova forma de viver: os apps e jogos online

Hoje, é possível jogar cacheta com pessoas do Brasil inteiro — ou até do mundo — sem sair de casa.

Plataformas como o MegaJogos trouxeram novas gerações para o universo da cacheta. A essência continua a mesma, mas agora com rankings, avatares e moedas virtuais.

Essa digitalização ajudou a manter o jogo relevante em tempos de mudança, provando que a cacheta é, de fato, atemporal.

Já jogou e não vê a hora de jogar de novo? Nunca jogou e quer aprender? O MegaJogos é o seu lugar. 😉

Continuar lendo

Curiosidades

Peças de Xadrez: História, Nomes, Valores e Estratégias

Gabi Rigo

Publicado

em

Peças-de-Xadrez-História-Nomes,-Valores-e-Estratégias

Você já parou para se perguntar qual a origem das peças de xadrez? Quem inventou? Por que se movem de formas diferentes e valem mais ou menos? Bom, dá pra imaginar porque determinaram que o peão vale menos que o rei, mas, a rainha toda poderosa, por exemplo, nem esteve lá desde o princípio.

Nós somos curiosos, então, fomos atrás de respostas e este artigo é todo sobre as peças que fazem do xadrez o jogo estratégico e incrível que ele é. Afinal, se você quer dominar o tabuleiro, comece conhecendo bem suas tropas.

Breve História do Xadrez

O xadrez é um jogo milenar com origens que remontam ao século VI, na Índia. 

Dessa longa história com várias hipóteses, acredita-se que a versão do jogo mais antiga conhecida era chamada de chaturanga, que significa “quatro divisões do exército” — infantaria, cavalaria, elefantes e carros de guerra. 

Da Índia, o chaturanga chegou à Pérsia, chamando-se shatranj, e, após a conquista árabe, se espalhou pela Europa, onde foram incluídos o Bispo e a Dama, em substituição às peças Elefante e Vizir, respectivamente. 

Essa substituição ocorreu para deixar o jogo mais dinâmico, uma vez que o elefante podia apenas se mover em saltos por duas casas nas diagonais, e o vizir uma casa nas diagonais.

A inclusão das novas peças deu mais rapidez e novas possibilidades ao jogo, o que fez surgir as primeiras análises de aberturas e aumentar os registros e estudos sobre o xadrez.

*Quem veio antes? O Xadrez, ou o Damas?

Então, por volta do século XV, o jogo já estava bem popularizado na Europa, onde ganhou a forma que conhecemos hoje em dia.

Em 1851, foi realizado o primeiro torneio internacional em Londres e, em 1924, foi fundada a Federação Internacional de Xadrez (FIDE), em Paris, que organizou a primeira Olimpíada de Xadrez e o mundial feminino, vencido por Vera Menchik.

Finalmente, com o avanço da computação a partir da década de 1950, começam a surgir os primeiros programas que jogam xadrez, que foram o caminho para os jogos e competições online da atualidade.

* Mulheres importantes na história dos jogos de cartas

As 6 Peças de Xadrez: Funções, Nomes e Valores

O jogo de xadrez é composto por seis tipos diferentes de peças. Cada jogador começa com 16 peças: 1 rei, 1 dama (ou rainha), 2 torres, 2 bispos, 2 cavalos e 8 peões.

As peças de xadrez têm valor relativo, que refere-se à pontuação atribuída a cada uma para avaliar sua força em comparação com outras peças durante o jogo

Peças com maior capacidade de movimento geralmente têm um valor relativo maior, como veremos a seguir.

1. Rei

  • Valor relativo: Não tem preço, ou seja, se for capturado, o jogo termina.
  • Movimento: Uma casa, em qualquer direção.
  • Origem do nome: Do persa shah, que significa “rei”. Em árabe, o termo “shah mat” (xeque-mate) significa “o rei está indefeso”.

O rei é a peça mais importante do jogo. Embora não seja a mais poderosa (e não fala lá muita coisa), sua proteção é o objetivo central da partida. 

Então, um xeque-mate significa que o rei não tem mais escapatória — e o jogo termina.

2. Dama (ou Rainha)

  • Valor relativo: 9 pontos.
  • Movimento: Qualquer número de casas na vertical, horizontal ou diagonal.
  • Origem do nome: Na Europa medieval, o vizir do shatranj foi substituído pela “rainha”, em homenagem à influência de mulheres reais da época.
  • Resumindo, ninguém segura essa mulher! 💃👸🏽

A dama é a peça mais poderosa do jogo, pois combina o movimento da torre e do bispo. Além disso, sua versatilidade permite ataque e defesa em praticamente qualquer parte do tabuleiro.

* Mega Rainhas

3. Torre

  • Valor relativo: 5 pontos
  • Movimento: Qualquer número de casas na vertical ou horizontal
  • Origem do nome: Vem do persa rukh, que significava carro de guerra. Em algumas traduções é chamada de castelo.

A torre é especialmente poderosa no final do jogo, pois é quando o tabuleiro está mais aberto. 

Atua bem em colunas e fileiras, e participa do movimento especial do roque com o rei.

* 5 melhores jogos de tabuleiro de todos os tempos

4. Bispo

  • Valor relativo: 3 pontos
  • Movimento: Qualquer número de casas em diagonal
  • Origem do nome: Na Índia, representava um elefante. Em inglês, chama-se bishop (bispo), devido à mitra na cabeça da peça; enquanto que em francês, fou (bobo da corte); em espanhol, alfil (do árabe al-fil, “elefante”)

O bispo é uma peça estratégica, atuando exclusivamente nas casas da mesma cor em que começa. 

Dois bispos podem controlar longas diagonais e complementar a ação da dama.

5. Cavalo

  • Valor relativo: 3 pontos
  • Movimento: Em “L” (duas casas em uma direção e uma casa perpendicular)
  • Origem do nome: Mantém o símbolo da cavalaria desde o chaturanga. Em inglês é knight (cavaleiro), reforçando seu papel militar

É a única peça que pode “pular” sobre as outras. 

Por isso, o cavalo é essencial para ataques inesperados e controle de posições centrais no início da partida.

6. Peão

  • Valor relativo: 1 ponto
  • Movimento: Uma casa para frente (duas na primeira jogada); captura na diagonal
  • Origem do nome: Representa a infantaria, os soldados rasos. O termo “peão” deriva do francês pion, que significa soldado a pé

Apesar de subestimado, o peão é fundamental no xadrez. 

Eles controlam espaço, protegem peças maiores e podem se transformar em qualquer peça (exceto rei) ao chegar à última linha — um processo chamado promoção.

Estratégia e Valor Relativo das Peças de Xadrez

Conforme mencionamos no início desse tópico, embora o valor das peças de xadrez seja estimado numericamente, o contexto estratégico pode mudar sua importância.

Por exemplo:

  • Dois bispos em posições abertas podem valer mais do que uma torre e um peão.
  • Um cavalo bem posicionado no centro pode desequilibrar um jogo mesmo contra uma torre.
  • O sacrifício de peças (entregar uma peça valiosa para obter vantagem tática) é comum entre jogadores experientes.

* 5 jogadas de xadrez que você precisa conhecer

Conheça sua tropa e derrube o adversário no xadrez

Dominar as peças de xadrez é o primeiro passo para jogar com estratégia e confiança

Aprender o valor e o movimento de cada peça permite que você crie táticas, visualize ataques e compreenda a lógica por trás de cada jogada. 

O xadrez é um jogo de cálculo e visão — e tudo começa com as peças.

Se quiser treinar, é só acessar o MegaJogos! Aqui explicamos todas as regras, damos as melhores dicas, e temos salas online sempre abertas para você praticar e competir com outros jogadores. 

Una-se a nós e quem sabe logo logo você não aparece entre os mestres de xadrez do nosso ranking. 😉

Continuar lendo

Mais lidas