Jogos de Cartas
Uma viagem pela história da Canastra – Buraco

Hoje vamos falar de febre, uma verdadeira epidemia mesmo, que quando apareceu, contagiou muita gente: o jogo de cartas chamado canastra (conhecida em algumas regiões do Brasil como Buraco).
Que atire a primeira pedra quem nunca entrou numa partida sem fim com tios, primos e agregados, numa bela noite de sábado.
Quer conhecer todas as variações da canastra? Clique aqui!
Isso mesmo, a canastra já tirou muito dinheiro de bares e baladas por aí, e vai continuar tirando. Mesmo porque, agora não é preciso nem mais de uma reunião de família, temos o jogo online! #glória
E para prestigiar esse verdadeiro vício da alegria, vamos falar um pouco mais sobre a sua história e fatos curiosos.
Não sabe jogar? Leia todas as regras do Buraco – Canastra aqui!
Bridge – Rummy – Canastra
Diferente da maioria dos jogos de cartas, que se originaram bem longe do Brasil, a canastra foi invenção dos nossos vizinhos uruguaios.
A Inspiração
Conta a história que, em 1939, em Montevidéu no Uruguai, um advogado chamado Segundo Santos e um arquiteto chamado Alberto Serrato, encontravam-se frequentemente para trocar ideias e jogar baralho.
Naquela época, o bridge havia se estabelecido como o jogo de cartas preferido do momento, especialmente entre profissionais.
Os dois amigos eram membros do elite Jockey Club, onde o costume era relaxar com um jogo de cartas antes do jantar com os associados.
Mas, o bridge levava tempo, exigia concentração e às vezes uma partida podia se desenrolar por até seis horas. De manhã, Santos reclamava que se sentia mentalmente exausto e finalmente percebeu que estava trabalhando em dois turnos, um no escritório e outro no clube, o que poderia ter um efeito ruim na sua carreira.
A Necessidade de um Novo Jogo
Embora ele tenha continuado a jantar no Jockey Club, ele passou do bridge para o rummy, que outros membros praticavam como um aquecimento para o bridge.
O advogado gostava de rummy, mas achava que o jogo dependia muito da sorte. Por fim, insatisfeito com as opções que tinha, começou a pensar em uma combinação dos melhores elementos do Bridge, Rummy e de uma variação do Rummy, chamada “cooncan”.
O Nascimento da Canastra
Para criar esse novo jogo, ele pediu ajuda do seu parceiro de bridge, Alberto Serrato.
Por semanas, eles brincaram com a ideia de “mistura”, descartando pelo menos seis esboços antes de desenvolverem um jogo de dois baralhos, praticado em dupla (s), que envolvia combinações, adição a combinações e a permissão de reivindicar toda a pilha de descarte nas circunstâncias certas.
Quando ficaram satisfeitos com o resultado, convidaram Arturo Gomez Harley e Ricardo Sanguinetti para um jogo experimental.
Os dois amigos convidados tiveram um caso de amor a primeira partida com o novo jogo e Harley fez então a super pergunta: “Como vocês chamam isso?”
A Origem do Nome: Cesta de Pão
A princípio, Santos apenas o chamava de “O Jogo”. Mas, enquanto estava lá, sentado na mesa do restaurante em que estavam fazendo o teste, ele notou a pequena cesta de vime que haviam pego emprestada de um garçom para guardar as cartas.
“Canastillo”, então respondeu batizando o jogo, o que em espanhol significa “pequena cesta”. Pouco tempo depois, alguém sugeriu encurtar o nome para “Canasta” (“cesto”).
Esse nome era fácil de dizer e tinha um toque agradável, graças aos seus a’s repetidos (comparáveis aos o’s repetidos no monopólio). E adivinhem só, pegou!
A Canastra se Espalha pela América do Sul
Não demorou para a canastra se espalhar como fogo dentro do Jockey Club, por toda a cidade de Montevidéu e depois pelo litoral do Uruguai.
Os argentinos em férias levaram o jogo de volta ao seu país. Depois, saltou para o Chile, Peru e Brasil. A epidemia era agora um assunto continental.

O começo da canastra!
A Chegada aos Estados Unidos
O curioso, é que a canastra demorou um pouco para chegar aos Estados Unidos, provavelmente por causa da Segunda Guerra Mundial.
Com o serviço aéreo suspenso em grande parte das regiões, a canastra teve que esperar até que a guerra terminasse antes de voar para o norte.
Ironicamente, a primeira pessoa a ganhar dinheiro com o jogo não foi Santos nem Serrato, mas Josephine Artayate de Viel, uma visitante de Buenos Aires em Nova York.
Ela o apresentou aos amigos de Nova York e o jogo assumiu o Regency Club em Manhattan. Isso levou uma editora a pedir que codificasse as regras para publicação. Ela fez isso.
Em 1953, mais de 30 livros sobre a canastra haviam sido publicados, muitos entrando na lista de mais vendidos do New York Times.
O Sucesso Global da Canastra
Logo, o jogo se espalhou globalmente. Soldados japoneses e alemães trouxeram consigo dos Estados; e não demorou para ganhar toda a Ásia e Europa.
Canastra – Buraco – Biriba
Quanto a Segundo Santos, ele ficou perplexo com toda essa euforia ao redor do jogo. Ele haveria dito: “Eu estava apenas tentando tirar minha mente do bridge”.
Como advogado, ele sabia que seria inútil tentar proteger as regras de seu jogo. “Você não pode fazer copyright de uma coisa com antecedentes como essa”, disse ele. Nem ele nem Serrato o fizeram e, como resultado, a canastra se tornou seu presente para o mundo.
No Brasil, não é segredo que o jogo rapidamente conquistou o coração da população, ficando conhecido também como Buraco ou Biriba.
E, finalmente, vieram as salas de jogos virtuais, como o MegaJogos, para que os apaixonados pelo baralho não precisassem mais esperar uma reunião com a família ou amigos.
No Mega você encontra três variações da canastra brasileira, cada uma com suas regras específicas: Regras Mega Buraco, Regras Buraco Fechado e Regras Buraco Canastra.
Além disso, também temos a Canasta Americana e Canasta Uruguaia pra quem quer aprender a jogar tudo o que tem direito.
Pensamos em tudo para não falhar com você e com esse jogo, tão popular e adorado em todo o mundo.
Então, não perca mais tempo, acesse o MegaJogos, escolha quais jogos de cartas, tabuleiro ou outros, mais lhe interessam e faça parte da maior plataforma de jogos online do Brasil!
Curiosidades
Gin Rummy: história, contos e muito mais

A estrela do post de hoje é o Gin Rummy, pois ele é um jovem relativamente recém-chegado na escala de tempo da história, mas já chegou chegando!
*Quem veio antes, a Damas ou o Xadrez?
Desde que surgiu, no início do século XX, o gin rummy ganhou milhões de adeptos em todo o mundo.
Seu trunfo? Ser um daqueles jogos em que você aprende as regras em poucos minutos, mas pode passar uma vida inteira aprendendo a jogar melhor.
Com isso, o gin rummy faz você pensar que está se saindo super bem em um minuto e, no entanto, o deixa decepcionado no próximo. Essa mistura de emoções é justamente o que torna o jogo tão irritantemente tentador.
A grande família do Rummy
A história do Gin Rummy está naturalmente ligada à história do Rummy em geral, então é melhor começarmos pelo começo.
O Rummy, na verdade, não é apenas um jogo específico, mas sim uma grande família de jogos baseada em uma maneira particular de jogar cartas.
Chamamos esse método de “comprar e descartar”: a cada turno, você compra uma ou mais cartas do monte e troca uma indesejada por outra. Assim, você busca formar combinações, as quais podem surgir das seguintes maneiras:
- três ou quatro cartas do mesmo valor.
- três ou mais cartas de mesmo naipe em sequência.
Qualquer jogo baseado em compra, descarte e criação de combinações é algum tipo de jogo Rummy por definição.
Assim, os Rummies se enquadram em vários grupos de acordo com seus respectivos objetivos. Uma das variedades mais famosas de Rummy, por exemplo, é nossa amada Canastra.
O Gin se assemelha à versão original e mais antiga de um jogo de Rummy, o objetivo é ser o primeiro a se livrar de todas as suas cartas, colocando-as com a face para cima na mesa em conjuntos iguais chamados spreads, ou, posteriormente, combinações.
Você recebe uma pontuação com base no valor de penalidade de todas as cartas que sobraram nas mãos dos seus oponentes – também conhecidas como madeira morta.
Mas como surgiu o primeiro jogo de Rummy?
O Rummy mais antigo, uma espécie de proto-Gin, foi apresentado brevemente pela primeira vez sob o nome Coon Can na publicação The Standard Hoyle (Nova York, 1887), e com mais detalhes sob o nome Conquian, por R. F. Foster em Foster’s Complete Hoyle, de 1897.
Mas até Foster, um pesquisador acadêmico de certa reputação, ficou confuso com seu nome e origem, dizendo apenas que “pouco se sabe, exceto que é um grande favorito no México e em todos os estados americanos que o cercam, especialmente no Texas”.
*Jogue Conquian online onde e quando você quiser!
Isso é bastante provável, sendo que o gin rummy é normalmente jogado com o baralho espanhol de 40 cartas, assim como é mais plausível que tenha se originado no Novo Mundo, e não na Espanha.
Mas se quisermos ir um pouco mais a fundo nessa história, podemos encontrar uma origem mais provável no Oriente. #aculpaédoschineses
O princípio do Rummy de comprar e descartar para fazer combinações, aparece nos jogos de cartas chineses no início do século 18 e é, de fato, a essência do Mah-jong.
Um jogo de cartas chinês semelhante também foi relatado sob o nome de Kon Khin, que parece bastante com Conquian ou Coon-Can, para dar muito o que pensar.
Uma possibilidade é que esse jogo tenha chegado aos estados do sudoeste nas mãos de imigrantes chineses. Outra é que ele foi transmitido primeiro aos portugueses e eles o levaram para o México.
Voltando ao Gin Rummy
Quase todas as referências ao Gin Rummy na internet dizem que o jogo foi inventado em 1909 por Elwood T. Baker, um professor de whist do Brooklyn.
Segundo Albert H Morehead e Geoffrey Mott-Smith, em sua introdução ao jogo na publicação Culbertson’s Card Games Complete, ““Gin Rummy (então chamado simplesmente Gin) foi inventado em 1909 por Elwood T. Baker, do Brooklyn, NY, professor de whist; o nome, sugerido pelo filho do Sr. Baker, brincava com a afinidade alcoólica do rum e do gin”.
Também se sugere que a contribuição de Baker para a evolução desse jogo de Rummy, foi especificamente a proibição de qualquer jogador de baixar combinações até que ele pudesse sair com o valor total de quaisquer cartas não combinadas (madeira morta) sendo 10 ou menos.
Isso parece plausível, pois é nesse sentido significativo que o Gin difere de outros jogos de compra e descarte de seu tempo.
O Gin chega a Hollywood
Uma circunstância que a ajudou a popularizar o jogo foi a crise norte-americana de 1929, quando o dinheiro ficou curto e as pessoas tiveram que redescobrir a arte de se divertir em casa.
O gin rummy era muito mais simples de aprender do que o Bridge, e mais agradável no círculo familiar do que o Poker.
Mas, talvez o que realmente tenha ajudado nesse caminho, foi sua popularidade entre estrelas da Broadway e Hollywood, e a consequente publicidade que isso rendeu para o jogo.
Dificilmente um filme desse período deixa de mencioná-lo em algum momento. Até Flora Robson, como Elizabeth I, e Errol Flynn, como conde de Essex, parecem estar jogando gin rummy – embora, infelizmente, sem mencionar – em The Sea Hawk (1940).
A verdade é que o gin se tornou uma verdadeira mania nesse período. O escritor e jornalista Damon Runyon escreveu diversos contos engraçados ambientados na Broadway e seus arredores, envolvendo o jogo e personagens um tanto peculiares:
“As cartas no Gin Rummy ficam quentes e frias, da mesma forma que os dados em um jogo de azar. De maneira alguma é necessário ir a Harvard para aprender a jogar Gin e, de fato, um idiota está apto a jogá-lo melhor do que Einstein. Quase todo mundo nos Estados Unidos joga Gin Rummy. As crianças pequenas na rua jogam. Os velhos jogam. Entendo que há um macaco treinado no zoológico do Bronx que o joga muito bem e não estou surpreso, porque posso ensinar qualquer animal a jogar Gin-Rummy se conseguir que ele segure dez cartas”.
Gin Rummy online
O Gin Rummy acabou se tornando um jogo clássico e, como tal, foi adotado pela era do computador, com destaque para este site que aqui vos fala.
No ano 2013, o jogo entrou no nosso catálogo de jogos para computador e esse ano ele iniciou sua jornada para ingressar no mobile! Isso mesmo, se você queria jogar Gin Rummy na fila do banco pode comemorar, ele chegou!
Isso mesmo, lançamos o Gin Rummy mobile, assim, você jogar onde e quando quiser! Aprenda a jogar com nossas regras rápidas e tutoriais guiados! Treine com nossos robôs e, então, desafie seus amigos! Jogue Online, ou se preferir, sem internet!
Conheça pessoas que também gostam desse jogo em nossa comunidade e faça novos amigos! Aqui no Mega temos sempre uma sala de jogos pronta à sua disposição! Baixe agora e vem se divertir com a gente! Disponível para Android.
Curiosidades
Cacheta: A História do Jogo que Conquistou o Brasil

Muitas vezes confundida com o pife, a cacheta é, na verdade, uma paixão nacional com suas próprias regras.
Preferida da mesa de bar, de festinha de família e companheira de happy hour, esse jogo de cartas que casa muito bem com a alegria do brasileiro é a estrela do post de hoje.
Origem da Cacheta
Jogo muito popular no Brasil, a cacheta está ligada a uma família de jogos conhecida como Rummy, que inclui jogos como a nossa amada canastra, buraco, gin rummy e o conquian (considerado o ancestral mais antigo).

O conquian, para quem ainda não conferiu esse excelentíssimo jogo aqui no Mega, surgiu no México no século XIX. Dele, derivaram jogos como o gin rummy, que explodiu nos Estados Unidos nos anos 1930.
Com o tempo, a imigração acabou trazendo esses jogos ao Brasil, então diversas adaptações foram sendo feitas até dar origem a nossa querida cacheta.
No Brasil, o jogo ganhou regras específicas e um caráter muito mais informal e popular, sendo jogado por pessoas de todas as idades e classes sociais.
A história da cacheta é uma história de adaptação e convivência. Pois, ela veio de longe, misturou-se com o jeito brasileiro de viver, e virou parte do nosso cotidiano.
Está no bar, na casa da vó, na varanda do sítio, no celular — sempre pronta para uma nova partida.
De onde surgiu o nome “cacheta”?
Não há nenhuma documentação sobre o assunto, mas a teoria mais aceita é que “cacheta” venha de uma adaptação popular da palavra “cachê”, que pode se referir a um pagamento ou prêmio.
Como o jogo frequentemente envolve apostas informais em dinheiro, fichas ou prendas, então, é possível que a palavra tenha evoluído de “jogar pelo cachê” para “jogar cacheta”.
Além disso, se pensarmos que a cacheta é um jogo do povão, essa transformação linguística pode muito bem ter ocorrido, especialmente em ambientes populares, onde palavras são adaptadas pela sonoridade ou uso repetido.
* Descubra a origem dos nomes de jogos de cartas famosos
Cacheta x Pife: qual a diferença?
Apesar de muito parecidos, há sim diferenças entre cacheta e pife.
Os dois jogos usam 2 baralhos (francês) de 52 cartas e, assim, funcionam de maneira bastante similar. As principais diferenças são:
Curingas
- Pife: não tem
- Cacheta: o coringa será determinado pela primeira carta do monte de compra. Essa carta deve ser virada e o coringa será a carta acima desta, obedecendo a mesma cor. Exemplo: virado o 8 de Paus, todos os 9 pretos serão coringas.
Pontuação
Pife: cada mão é um jogo, ou seja, perdeu uma mão, acabou.
Cacheta: cada jogador começa com 5 pontos. Quando alguém consegue baixar todas as cartas, os outros jogadores perdem um ponto, ficando assim com 4 (existe a possibilidade da batida valer 2 pontos, fique atento às regras). O jogador que chegar a 0 é eliminado do jogo e o vencedor será o último a permanecer na mesa.
Outras variações regionais que podem acontecer incluem:
- Obrigação de bater com trincas diferentes (ex: uma trinca e duas sequências);
- Permissão (ou não) de comprar do monte de descarte;
- Regras para “bater de mão” (sem descartar a última carta);
- Penalidades para quem “estoura” (passa do número de cartas permitido).
Essa flexibilidade é uma das grandes graça da cacheta, pois faz dela um jogo capaz de se manter dinâmico e vivo.
Social e acessível, a cacheta está presente em canções, crônicas e até em roteiros de filmes e novelas.
Ela representa bem a brasilidade no improviso e na criatividade. Uma vez que é comum vermos jogadores criando “regras da casa”, como rodadas premiadas, penalidades engraçadas ou torneios improvisados.
* Jogos Tradicionais Brasileiros: Cultura, Diversão e Memória
Cacheta Online: A Nova Geração
Com a chegada da internet, a cacheta ganhou uma nova forma de viver: os apps e jogos online.
Hoje, é possível jogar cacheta com pessoas do Brasil inteiro — ou até do mundo — sem sair de casa.
Plataformas como o MegaJogos trouxeram novas gerações para o universo da cacheta. A essência continua a mesma, mas agora com rankings, avatares e moedas virtuais.
Essa digitalização ajudou a manter o jogo relevante em tempos de mudança, provando que a cacheta é, de fato, atemporal.
Já jogou e não vê a hora de jogar de novo? Nunca jogou e quer aprender? O MegaJogos é o seu lugar. 😉

Curiosidades
Jogos Tradicionais Brasileiros: Cultura, Diversão e Memória

Se tem uma coisa que não falta nesse Brasil é diversidade cultural, o que explica várias de nossas maravilhas, como a melhor comida do mundo, música, dança, festas e sim, nossos jogos tradicionais brasileiros.
O brasileiro não é considerado um dos povos mais alegres do mundo à toa, já que somos especializados em comer bem, rir, dançar e brincar. Pois é, o ânimo aqui é forte!
Neste artigo, vamos falar sobre jogos tradicionais brasileiros e seu merecido destaque na nossa lista de patrimônios culturais.
A importância dos jogos tradicionais brasileiros
Muito antes da era dos videogames, as crianças brasileiras só precisavam de uma rua, quintal ou pátio de escola para serem felizes. #pasmeGenZ
E mesmo com a atual dominância dos jogos eletrônicos, é muito difícil encontrar alguém que não brincou de pega-pega, bolinha de gude e amarelinha, o que prova que os jogos tradicionais brasileiros não são apenas passatempos; mas sim heranças culturais, transmitidas de geração em geração.
Esses jogos fazem parte do patrimônio cultural imaterial de um povo, pois eles ajudam a construir identidade, fortalecer laços comunitários e promover o desenvolvimento físico e cognitivo.
Como eles nascem? Onde moram e do que se alimentam? Simples, eles nascem do boca a boca, da vivência coletiva, da criatividade popular. Então, não têm manual de instruções oficial, variam de região para região e se adaptam com o tempo e o espaço.
No mais, são formas de diversão acessíveis e favorecem o convívio coletivo. Uma vez que não há brincadeira sem o outro.
* Melhores jogos para jogar com amigos
8 Jogos tradicionais brasileiros que marcaram gerações
Se alguém te perguntar quais são os jogos tradicionais brasileiros, você pode ficar em dúvida.
É verdade que muitos deles tiveram origem em outros países, mas com o passar do tempo foram adaptados pelo nosso povo, ganhando versões e regras 100% brasileiras.
Então, dá só uma olhada na lista abaixo para ver que você sabe muito bem que jogos são esses. 😉
1. Amarelinha
Uma calçada e uma sequência de quadrados numerados. Quem nunca? É quase impossível passar por uma amarelinha desenhada no chão e resistir à vontade de pular.
Popular em todo o país, tem nomes e formas diferentes conforme a região. O nome “amarelinha” é mais comum e provavelmente vem do termo “amarela”, que pode ter sido uma referência ao giz ou à pedra usada para fazer o desenho.
2. Cinco Marias (ou Jogo das Pedrinhas)
Muito comum entre crianças do interior, esse jogo envolve cinco pedrinhas pequenas. O objetivo é realizar diferentes fases com as pedrinhas, jogando uma para o ar enquanto pega outras no chão.
Muitas vezes, ao invés de pedrinhas, usa-se saquinhos de pano com arroz ou areia, feitos à mão.
Obs.: Tão famoso que foi parar na série Round 6!
3. Bola de gude
Com bolinhas de vidro coloridas (as famosas quilicas, em Santa Catarina), o jogo consiste em acertar as bolinhas dos adversários com um peteleco, tirando-as da área delimitada do jogo.
O objetivo é sair com os bolsos cheios de bolinhas de gude dos outros.
4. Pular elástico (ou cama de gato)
Entre os jogos tradicionais brasileiros, esse era um para os coordenados da turma que adoravam um desafio.
“Abre-fecha”, “cruza”, “esconde pé”, ô coisa difícil de acertar, ainda mais pulando! Para piorar, quanto mais você vai passando de nível, mais a altura do elástico sobe. 😵💫

5. Pião
Embora o pião tenha origem muito antiga e faça parte de diversas culturas, ninguém nos convence que esse não é um clássico dos jogos tradicionais brasileiros.
Parte da infância de muita gente, ele inclusive já foi usado como brinde promocional de muita marca por aí. Duas coisas que ninguém nega: pião e ioiô.
6. Cobra-cega
Essa foi responsável por muita gargalhada e joelho roxo nas crianças da década de 80/90.
Nada como ter os olhos vendados numa sala cheia de gente e tentar alcançar uma pessoa só pelo tato e audição. Adrenalina certa!
7. Passa anel
O passa anel foi certamente inventado com o objetivo de fazer as crianças ficarem paradas um pouco.
Brincadeira inocente, que requer atenção e observação, difícil imaginar como uma coisa tão simples é capaz de entreter tanto. A boa época da infância sem a competição das telas.
8. Taco (bets)
Foi baseado no críquete dos ingleses? Pode até ter sido, mas quero ver convencer que esse não é um dos jogos tradicionais brasileiros, nascido e criado nas ruas de barro desse país.
Adaptação 100% brasileira, o taco e suas casinhas e todas as regras maravilhosas desse clássico jogo de rua são um sucesso tupiniquim para ninguém botar defeito.
* Jogos da infância que nunca ficam velhos
Jogos de cartas tradicionais no Brasil
Jogos de cartas chegaram ao Brasil com a imigração e a colonização.
No entanto, como tudo que a gente mexe fica melhor, temos adaptações tão clássicas de alguns desses jogos que já podemos chamar de nossos.
- Truco
É tão um dos jogos tradicionais brasileiros que temos o truco gaudério, o truco mineiro e o truco paulista. Tivemos que dividir por regiões!
Mais que um jogo, o truco é quase uma performance. Os gritos de “TRUCO!”, “SEIS!” ou “DOZE!” são típicos e já fazem parte do nosso inconsciente coletivo.
* Principais diferenças entre Truco Mineiro x Truco Paulista x Truco Gaudério
- Pife-Pafe (ou Pif-Paf)
Existem variações semelhantes desse jogo de cartas em vários países, mas é tradicionalmente jogado no Brasil.
Muito comum entre famílias e em rodas de amigos, certeza que aqui criamos uma versão do Pife muito mais divertida.
* Aprenda como jogar Pife fácil e rápido
- Mexe Mexe
Esse é nosso e ninguém tasca! Pegamos inspiração do rummy? Com certeza, mas como fizemos com o cachorro-quente, melhoramos e servimos com molho.
O mexe mexe é dinâmico, rápido e colaborativo, a cara do brasileiro.
* Mexe Mexe: um jogo de cartas onde vale quase tudo!
Vida longa aos jogos tradicionais brasileiros
Os jogos tradicionais brasileiros são mais do que simples passatempos: são expressões vivas da nossa cultura e os melhores meios de socialização (com certeza os mais saudáveis) que existem.
Em um mundo cada vez mais virtual, ensinar às novas gerações a sentar em grupo e passar um anel em segredo, jogar uma bolinha colorida, rodar um pião ou passar uma mensagem no telefone sem fio, é quase um ato revolucionário.
Seja no chão, na grama, ou no pátio da escola, essas brincadeiras continuam a ensinar, divertir e conectar.
Afinal, o que é uma infância sem correr de alguém num pega-pega ou se esconder em cima de uma árvore?
Um viva aos jogos tradicionais brasileiros e a todas as memórias felizes que eles criaram e continuam criando. 🎉

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